::: OPINIÃO DO ZÉ - Semana decisiva para a política em Nova Esperança e no Brasil
A próxima semana será daquelas em que as horas e os dias passarão mais rápidos. Do domingo 24 ao sábado 30 de junho os bastidores da política de Nova Esperança estarão movimentados. Os partidos políticos têm até amanhã, 23 de junho para publicarem os editais para as convenções partidárias. O prazo final para essas convenções termina no dia 30. Assim esta semana será decisiva. Já o registro das candidaturas definidas em convenção deverá acontecer até o dia 05 de julho.
Eventuais candidatos a prefeito, principalmente, correm contra o tempo para fechar acordos. Conforme publicado em edital, o PSDB de Nova Esperança sob a presidência do vereador Décimo Caetano marcou sua convenção para a terça-feira, 26 de junho às 19h30 na Câmara Municipal, já no dia 28 é a vez do PDT que está sob a presidência de José Benatti realizar a sua convenção, juntamente com o PMDB, que tem como presidente Silvio Chaves, o PMN que é presidido por Juliana Moser e o PRB de Manoel Reginaldo da Silva. Na sexta-feira, 29 acontece a convenção do PcdoB, presidido por Rute Regina Alves, do PV de Adélia Pichek Faganello e do PTC de Valdimiro Sousa Lima. Estes todos já foram publicados aqui no Jornal da semana passada em edital. O PSD de Dorival Boreggio, o DEM de Roberto Pasquini, o PSB de Alfredo Bordim, o PR de Edson Elias de Andrade e o PSL de Plácido Vargas Neto, escolheram a Casa da Amizade e o dia 30 para ultimar os detalhes. Já o PT de Vera Boregas, PSDC de Rafael Kreling, PPS de Moacir Olivatti, PTB de Odair Teodoro, PSC de Marcio Brasinha, PHS de Cosmo de Castro e PP de Pedro Radade, marcaram convenção conjunta para o sábado, 30, na Câmara Municipal.
Se a experiência de outras eleições se confirmarem, as candidaturas se definem nas vésperas do final do prazo. O que deve-se concluir agora são as costuras das negociações que já estavam em andamento entre as lideranças partidárias. Enquanto alguns negociam para disputar, outros vão fazer exigências para não entrarem nela.
A grande surpresa desta eleição está em torno da definição da candidatura do PSDB que até o momento possui dois fortes pré-candidatos: o vice-prefeito Junior Moser e o empresário Eduardo Pasquini. Até então o edital publicado pelo partido tucano tem na presidência o vereador Décimo Caetano que não é segredo de ninguém, tem a preferência pela indicação de Junior Moser, no entanto como se sabe, a decisão do diretório de Nova Esperança aguarda decisão judicial, e ainda há rumores de uma grande interferência do PSDB a nível nacional que tem interesse em assegurar o maior número de partidários possíveis visando as eleições 2014.
Certo é que o PSDB, partido do governador Beto Richa, está fora das eleições deste ano com candidato próprio nas principais cidades do Paraná, o que poderá resultar num fracasso eleitoral partidário em outubro. De acordo com Saul Bogoni, “a cúpula tucana baixou o centralismo democrático em vários diretórios municipais obrigando-os a renunciar projetos de candidaturas próprias, viáveis eleitoralmente, em nome de compromissos assumidos anteriormente com partidos aliados. A lista de municípios sem candidato próprio só aumenta, à medida que vai chegando o prazo fatal para a realização das convenções (30 de junho). Matinhos, no Litoral, Pato Branco, no Sudoeste, e Umuarama, no Noroeste, se somam à coleção, para a irritação dos tucanos nativos desses municípios. Some-se ainda Ponta Grossa, Cascavel, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Curitiba, São José dos Pinhais, dentre outras cidades-polo com importância política e econômica.”
Como em um jogo de estratégia essa eleição começará a ser vencida nos bastidores. É obvio que ganhará aquele que apresentar o melhor candidato ao eleitor, no entanto as peças deverão ser cuidadosamente “mexidas” nesta próxima semana que promete ser quente em Nova Esperança e em todo o Brasil.
Em São Paulo Lula e Maluf esqueceram as ofensas: “O símbolo da pouca vergonha nacional está dizendo que quer ser presidente. Daremos nossa própria vida para impedir que Paulo Maluf seja presidente” (Lula, 28/06/84). “Ave de rapina é o Lula, que não trabalha há 15 anos e não explica como vive” (Maluf, 1º/03/93), e apareceram essa semana se cumprimentando e fechando acordo em prol da candidatura de Fernando Haddad (PT) a prefeitura paulistana, tudo pela conveniência política. É a política unindo antigos desafetos.
Em Paranavaí Maurício Yamakawa deixou o PSDB após ter sua candidatura inviabilizada e ainda deixou no twitter de Gustavo Fruet: “Hoje deixei o PSDB, como você, só que o fiz com atraso e perdi a chance de ser candidato. O tempo mostrou que fez o certo!”. É dado como certo que o ex-prefeito Yamakawa irá apoiar sua esposa Toshie (PP) como vice do PT em Paranavaí.
Mas, o que nos interessa é aqui. O PSD tem nomes como o ex-prefeito Gerson Zanusso e o vereador Fabio Yamamoto, o DEM está representando pelo ex-vereador Roberto Pasquini e o PR o advogado Edson Elias de Andrade. O PPS está firme no propósito de Moacir Olivatti. Penso que vai surgir uma surpresa que pode mudar tudo. Estratégia ou não a convenção do PMDB foi marcada dois dias depois da do PSDB, onde pode surgir a candidatura de Silvio Chaves, caso Moser seja inviabilizado.
Diante disso a política de Nova Esperança é algo fascinante e ao mesmo tempo intrigante. Fica para todos a incógnita e a expectativa que faltam poucas horas para sabermos que serão realmente os candidatos que o eleitor escolherá em 07 de outubro de 2012. Teremos 3 candidatos a prefeito em Nova Esperança? Apenas 2? Ou 5? Como na matemática isso é uma incógnita ainda para todos nós!
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